domingo, 15 de abril de 2012

ATERRO SEM ESTRUTURA. PERIGO SOCIAL E PERIGO AMBIENTAL
No próximo dia 23. O aterro sanitário do Jardim Gramacho será desativado. Após quase 40 anos. O aterro que contribuiu para a poluição do braço de mar que banha Duque de Caxias e que influencia na praia de Mauá, sob alegações de Agonia do mangue de Caxias, enfim vai parar. As palavras proferidas pelo prefeito e reforçadas pelo governado do estado do Rio o senhor Sérgio Cabral. Confirmam e reforçam a desativação.
O governador disse em entrevista ao Globo, que as famílias serão assistidas e que disponibilizará uma quantia de um pouco mais que 650 reais para custear as necessidades daqueles que sem o aterro, ficarão praticamente sem ocupação. Isso os seis meses que virão.
Agora o que chama a atenção, é o próximo aterro sanitário que está para entrar em ação - ou melhor os próximos aterros - um no Gericinó e o outro em Seropédica. Na verdade o que vem por ai, é mais uma favelização e um novo polo de violência. pois na verdade o terro em Seropética colocará em risco os alunos que frequentam a Universadade Federal e ali no Gericinó colocará em risco a rodovia mais próxima.
Se pararmos para analizar veremos que na verdade - não está havendo nenhuma consideração, nem pelos estudantes e nem pela natureza e nem pela rodovia.
É um caso a pensar e debater.
OTONIL DA SILVA BASTOS 

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Carta de Lisboa

Reconhecendo que é urgente a tarefa de libertação do nosso povo, nós, brasileiros que optamos por uma solução trabalhista, nos encontramos em Lisboa. E se o fizemos fora do País, é porque o exílio arbitrário e desumano impediu este Encontro no lugar mais adequado: a Pátria brasileira. A tarefa de organizar com nosso povo um Partido verdadeiramente nacional, popular e democrático é cada vez mais premente. Não desconhecemos as permanentes tentativas das forças autoritárias de esmagar os movimentos dos trabalhadores. Mas o repositório de coragem e dignidade dos trabalhadores faz com que eles não se dobrem nem se iludam. E com eles estamos nós, Trabalhistas. Não podemos deixar de salientar, também, que aqueles que defendem uma posição paciência, assim como a inoportunidade da luta contra a opressão, não são, exatamente os que se encontram em condições de sofrimento e perseguição, mas ao contrário, navegam nas águas da abastança e dos privilégios. Invoca-se, por outro lado, que a restauração da vida democrática e o ressurgimento de partidos autênticos dependem do sistema e de suas fórmulas jurídicas e legais. Consideramos, todavia, um ato de incompetência política e de deslealdade para com o nosso povo, aguardar as providências dos juristas do regime, de cujas fórmulas, somente por ingenuidade ou má fé, pode se esperar algo de diferente da vontade de institucionalizar a espoliação de nossa gente e a manutenção de uma estrutura política e econômica inaceitável para o povo brasileiro. Fato novo mais importante da conjuntura brasileira não é nem a crise do regime, nem o fracasso de todos os seus projetos e promessas. O novo, importante e fundamental, é a emergência do povo trabalhador na vida política do País. Não de um povo amedrontado depois de 15 anos de opressão, mas de um povo que se organiza sob as mais variadas formas - nos sindicatos, nas associações, em comunidades, em movimentos e organizações profissionais - com o mesmo objetivo: o de lutar por seus direitos, pela democracia. Como parte desta emergência se deve destacar as conquistas do movimento estudantil, e a luta agora vitoriosa pela reorganização da UNE. A experiência histórica nos ensina, de um lado, que nenhum partido pode chegar e se manter no governo sem contar com o povo organizado e, de outro lado, que as organizações populares não podem realizar suas aspirações sem partidos que as transformem em realidade através do poder do Estado. A falta de apoio popular organizado pode levar a situações a situações dramáticas como aquela que conduziu o Presidente Getúlio Vargas a dar um tiro em seu próprio peito. Partidos e povo organizados constituem, por conseguinte, as duas condições fundamentais para a construção de uma sociedade democrática. Analisando a conjuntura brasileira, concluímos pela necessidade de assumirmos a responsabilidade que exige o momento histórico e de convocarmos as forças comprometidas com os interesses dos oprimidos, dos marginalizados, de todos os trabalhadores brasileiros, para que nos somemos na tarefa da construção de um Partido Popular, Nacional e Democrático, o nosso PTB. Tarefa que não se improvisa, que não se impõe por decisão de minorias, mas que nasce do encontro do povo organizado com a iniciativa dos líderes identificados com a causa popular. Nós, Trabalhistas, assumimos a responsabilidade desta convocatória, porque acreditamos que só através de um amplo debate, com a participação de todos, poderemos encontrar nosso caminho para a construção no Brasil de uma sociedade socialista, fraterna e solidária, em Democracia e em Liberdade. Nós, Trabalhistas, queremos representar para o povo brasileiro o espírito da tolerância e da fraternidade. Nós, Trabalhistas, participamos ao lado do nosso povo em todas as suas lutas, e porque o nosso projeto é profundamente democrático, procuraremos alianças com as outras forças também democráticas e progressistas do nosso País. Nós, Trabalhistas, militaremos ativamente me todas as frentes e, porque o nosso projeto é pluralista, não pretendemos absorver ou manipular os sindicatos ou as organizações populares das mais diversas origens. Entendemos a necessidade de um intenso debate para o desenvolvimento constante da Democracia e nós, Trabalhistas, estaremos sempre empenhados em discutir com todas as forças populares e democráticas do nosso País. É por isso que favorecemos o surgimento de outras organizações, que auspiciamos o aparecimento de outros partidos e que, nas nossas lutas, respeitaremos os seus princípios. A consecução destes objetivos exige, como requisito prévio e fundamental no campo do pensamento e da cultura, a conquista da plena liberdade de criação intelectual, de expressão e de imprensa. Neste sentido, torna-se imprescindível a revogação de todas as formas de censura. O grande desafio com que nós, Trabalhistas, nos defrontamos hoje é o de nos situarmos no quadro político brasileiro para exercer o papel renovador que desempenhávamos antes de 1964 e em razão do qual fomos proscritos. Com efeito, apesar de termos tido numerosas deficiências, não por ela que caímos. Fomos derrubados, isto sim, em virtude das bandeiras que levantamos. A velha classe dominante brasileira e os agentes internos do imperialismo, não nos podendo vencer pelo voto nos excluíram pelo golpe. A verdade que afinal se fez evidente (depois copiosamente comprovada) é que o governo do Presidente João Goulart foi derrubado por uma ação conjugada. Os latifundiários temiam a lei da Reforma Agrária que, com a nossa presença no Congresso Nacional, seria inevitável. Por sua vez, o governo norte-americano de então planejou e coordenou o golpe para evitar a aplicação da lei de Remessa de Lucros que poria termo à espoliação do Brasil pelas empresas multinacionais. O desafio com que nos defrontamos é, por conseguinte, o de retomar as bandeiras daquela tentativa generosa de empreender legalmente as reformas institucionais indispensáveis para liberar as energias do povo brasileiro. Especialmente uma reforma agrária que dê a terra a quem nela trabalha, em milhões de glebas de vinte a cem hectares, em lugar de entregá-las em províncias de meio, de um e até de mais de dois milhões de hectares na forma de super-latifundiários, subsidiados com recursos públicos. E termos também de levantar a bandeira da luta pela regulamentação do capital estrangeiro, para pôr fim à apropriação das riquezas nacionais e ao domínio das próprias empresas brasileiras pelas organizações internacionais. O regime militar que sucedeu ao governo constitucional, sendo regressivo no plano histórico, se fez repressivo no plano político e, em conseqüência, totalmente infecundo e despótico. Apesar de contar com todo o poderio do arbítrio, legislando a nível constitucional da forma mais discriminatória, só fez acumular mais riqueza nas mãos dos mais ricos e mais no colo dos mais privilegiados. O bolo que tão reiteradamente prometeram repartir quando crescesse, agora o sabemos, é o de uma dívida externa gigantesca que montava a 3 bilhões de dólares em 1964 e hoje supera os 50 bilhões. Nessas circunstâncias, o nosso primeiro compromisso é o de reconduzir o Brasil a uma institucionalidade democrática em que todo o poder emane do povo e seja por ele periodicamente controlado através de eleições livres e diretas, nas quais todos os brasileiros de maior idade sejam eleitores e elegíveis. O Brasil democrático pelo qual lutamos será uma República realmente federativa, com progressiva descentralização do poder, onde o voto terá que ser proporcional, para que - havendo a mais ampla representação das diversas forças políticas - não seja escamoteada a vontade popular. A República a que aspiramos há de estar defendida contra todo intento de golpismo e contra toda e qualquer manifestação de despotismo e repressão, para assegurar permanentemente ao povo brasileiro o direito elementar de viver sem medo e sem fome. Nosso segundo compromisso é o de levantar as bandeiras do Trabalhismo para reimplantar a liberdade sindical e o direito de greve, como os instrumentos fundamentais de luta de todos os que dependem do salário para viver. É dever também dos Trabalhistas lutar contra a brutal concentração da renda que responde inclusive pelo achatamento dos salários, fixados em índices falsificados e sempre inferiores ao aumento das taxas reais do custo de vida. Será também preocupação primordial dos Trabalhistas a elaboração de uma nova legislação do trabalho que recupere as conquistas subtraídas pela ditadura e que permita a ampliação constante dos direitos dos trabalhadores. Nosso terceiro compromisso é de reverter as diretrizes da política econômica, com o objetivo de afirmar, em lugar do primado do lucro, a prioridade de dar satisfação às necessidades vitais do povo, especialmente as de alimentação, saúde, moradia, vestuário e educação. O resultado da orientação economicista até agora vigente é este contraste espantoso entre a super prosperidade das empresas - especialmente as estrangeiras - e o empobrecimento do povo brasileiro. Nos últimos anos, trabalhadores do campo se viram convertidos majoritariamente em bóias-frias que perambulam sem trabalho permanente, e trabalhadores nas cidades se viram transformados em massas marginalizadas que se concentram na porta das fábricas. Estas imensas multidões vivem em condições tão extremas de carência elementar que já têm sua sobrevivência biológica e sua saúde mental afetadas. Por tudo isso é que devemos definir prontamente as forças de ação política e os procedimentos legais mais adequados para mobilizar o nosso povo para uma campanha de salvação nacional. Através dela, nós, Trabalhistas, buscaremos dar solução, dentro do prazo o mais breve possível, ao problema máximo de nossa Pátria, que é a marginalidade. Com efeito, um dos aspectos mais desumanos da política econômica da ditadura é a conversão da força de trabalho nacional num exército de excedentes. Nem a singela aspiração de um emprego permanente em que se ganha um salário-mínimo para a sobrevivência, o sistema pode assegurar. O drama social pungente dessas massas marginalizadas, que humilha e envergonha a Nação Brasileira, afeta, especialmente a quatro categorias de pessoas cujos problemas estão a exigir a atenção prioritária dos trabalhadores. Primeiro, o de salvar os milhões de crianças abandonadas e famintas, que estão sendo condenadas à delinqüência; bem como o meio milhão de jovens que, anualmente, alcançam os dezoito anos de idade analfabetos e descrentes de sua Pátria. Segundo, o de buscar as formas mais eficaz de fazer justiça aos negros e aos índios que, além da exploração geral de classe, sofrem uma discriminação racial e étnica, tanto mais injusta e dolorosa, porque sabemos que foi com suas energias e com seus corpos que se construiu a nacionalidade brasileira. Terceiro, o de dar a mais séria atenção às reivindicações da mulher brasileira, que jamais viu reconhecidos e equiparados seus direitos de pessoa humana, de cidadã e de trabalhadora; e que, além de ser vítima da exploração representada pela dupla jornada de trabalho, se vê submetida a toda sorte de vexames sempre que procura fazer valer seus direitos. Quarto, o de fazer com que todos os brasileiros assumamos a causa do povo trabalhador do norte e do nordeste, tanto por uma economia local obsoleta, como por um colonialismo interno exercido de forma escorchante pelas unidades mais ricas da federação e pelo próprio Governo Federal, que propicia sua exploração entregando às grandes empresas, na forma de subsídios para aumentar seus lucros, os recursos que deviam ser destinados àquelas populações extremamente carentes. No plano da ação política, duas tarefas se impõem com a maior urgência a todos os Trabalhistas. Em primeiro lugar, a luta por uma Anistia ampla, geral e irrestrita de todos os patriotas brasileiros perseguidos por sua resistência à ditadura. Este é o requisito indispensável à reunificação da comunidade nacional para a retomada do esforço conjunto para fazer do Brasil uma Pátria solidária de cidadãos livres, emancipados do medo, da ignorância e da penúria. Em segundo lugar, a luta pelo retorno à normalidade democrática que só se efetivará no Brasil quando após a reimplantação da liberdade de organização partidária o nosso povo eleger a Assembléia Nacional Constituinte. Reconhecemos as dificuldades para que nosso povo tenha uma participação efetiva. E por participação efetiva entendemos crítica via e permanente e não atuação eleitoral episódica ou simplesmente a adesão a propostas impostas verticalmente. A proposta do novo Partido Trabalhista a ser discutida pelo nosso povo e formulada em território brasileiro, despida de soluções importadas, tem que levar em conta a necessidade de criar um partido que expresse os anseios e seja dirigido pelas classes populares. A nova proposta começa com a repulsa àqueles que vêem no ressurgimento do PTB uma sigla de fácil curso eleitoral. A nossa proposta tem um sentido claro de opção pelos oprimidos e marginalizados. Neste particular e dentro de um horizonte que não é absolutamente cristão, mas marcado por um capitalismo impiedoso, impõe-se a nossa defesa constante dos pobres contra o ricos, ao lado dos oprimidos contra os poderosos. Na luta a favor da justiça contra a opressão se insere a questão da atual ideologia de segurança nacional, que tem servido para justificar as violações dos direitos humanos. Tal doutrina gerou no País a mais completa insegurança para os cidadãos comuns, ensejando a expansão da brutalidade, da denúncia e da tortura, tanto contra os presos políticos, como contra as lideranças sindicais e sobretudo, com incidência cruel sobre as camadas mais pobres da população. Porque damos importância central ao nosso povo como sujeito e criador do seu próprio futuro, sublinhamos o caráter coletivo, comunitário e não individualista da visão Trabalhista. A partir deste momento devemos concentrar todos os nossos esforços na preparação e organização do Congresso Nacional da organização do novo PTB, a realizar-se no Rio de Janeiro, no dia 19 de abril de 1980. No Congresso, recolheremos, através de nossas bases, as grandes aspirações e definições da vontade popular. Com o Congresso, continuaremos firmemente, sob a inspiração da Carta Testamento do Presidente Getúlio Vargas, a caminhada junto ao povo que nos levará à emancipação da Pátria.
Lisboa, 17 de junho de 1979
A.Mª. Doutel de Andrade, Ajadil de Lemos, Alberto Martins da Silva, Aldo Pinto, Alex Souza, Alfredo Hélio Sirkis, Almir Dutton Ferreira, Álvaro Petraco da Cunha, Anatailde de Paula Crespo, Anselmo Francisco Amaral, Antônia Gonçalves da Silva Oliveira, Antônio Alves de Moraes, Antônio Sérgio Monteiro, Artur José Poerner, Augusto Calmon Nogueira da Gama, Benedito Cerqueira, Calino Pacaheco, Carlos Augusto da Gama, Carlos Cunha Contursi, Carlos Fayal, Carlos Franco, Carlos Minc Baumfeld, César Behs, Chizuo Osava, Cibilis da Rocha Viana, Cláudio Augusto de Alencar Cunha, Clóvis Brigagão, Danilo Groff, Darcy Ribeiro, Derli M. Carvalho, Domingos Fernandes, Edmauro Gopfert, Eduardo de Azevedo Costa, Erasmo Chiapeta, Eric Nepobuceno, Eunice de Souza, Eva Ban, Fernando Perrone, Flávio Tavares, Francisca Brizola Rotta, Francisco Barreira, Francisco Dal Prá, Francisco Goulart Lopes de Almeida, Francisco Julião, Genival Tourinho, Georges Michel Sobrinho, Geraldo Lopes Burmeister, Getúlio Pereira Dias, Gil Cuneggato Marques, Haroldo Sanford Barros, Hélio Ricardo Carneiro da Fontoura, Herbert de Souza, Hildérico Pereira de Oliveira, Índio Vargas, Irany Campos, Irineu Garcia, Isaac Ajnhorn, J. G. de Araújo Jorge, Jackson Kepler Lago, João Vicente Goulart, José Wanderley, José Carlos de Oliveira, José Macedo de Alencar, José Maria Rabelo, José Maurício, Jorge Roberto da Silveira, José Carlos Rolo Venâncio, José Gomes Talarico, José Guimarães Neiva Moreira, Josino de Quadros Assis, Landa Maria Lopes de Almeida Ajnhorn, Leonel Brizola, Lúcio Rigo Marques, Luiz Alberto Moniz Bandeira, Luiz Carlos Soares Severo, Lygia de Azeredo Costa, Lysâneas Dias Maciel, Magnus Francisco Antunes Guimarães, Manoel Sarmento Barata, Marcelo Carvalho, Márcio W. de Almeida, Marco Antônio de Andrade Leão, Maria do Carmo Brito, Maria Margarida Parente Galamba de Oliveira, Maria Zélia Brizeno Costa Lima, Martha Maria Maurício Vianna, Matheus Schmidt, Maurílio Ferreira Lima, Maurício Vieira de Paiva, Miguel Bodea, Mila Cauduro, Moema São Thiago, Murilo Rocha Mendes, Neusa Goulart Brizola, Ney Ortiz Borges, Nielsen de Paula Pures, Norma Marzola, Olga Martins, Orlando Maretti, Osvaldo Lima Filho, Oswaldo Pimentel, Otávio Goulart Brizola, Paulo César Timm, Paulo Medeiros, Pedro Celso Ulhoa Cavalcanti Neto, Pedro Dietrich Júnior, Pedro Veronese, Raimundo Arroio, Ronaldo Dutra Machado, Saulo Saija, Sebastião Nery, Sereno Chaise, Tania Lyra, Tertuliano de Passos, Theotônio dos Santos, Trajano Ribeiro, Tuffik Mattar, Vânia Bambirra, Vera Mathias, Wilson Vargas da Silveira, Zoé Rodrigues Dias.
Francisco Caula

Os Centros Integrados de Eucação Pública

A grande realização de Brizola: propiciar às crianças uma escola de horário integral, com ensino de boa qualidade, incluindo alimentação, assistência médico-odontológica, lazer, atividades culturais e banho diário.
A Primeira Escola Pública de dia Completo
No Brasil, antes da criação dos CIEPs, nunca se fez uma escola popular de dia completo. Em lugar disso, adotou-se o desdobramento do regime escolar em vários turnos, numa solução falsa para o crescimento populacional. Essa deformação do sistema de ensino, com o tempo, tirou as qualidades já escassas da antiga escola pública e deixou-a despreparada para atender o desafio de adaptar-se à crescente clientela oriunda das zonas rurais ou das comunidades pobres da periferia das metrópoles. Logo no início de sua gestão, o Governador Leonel Brizola pensou em multiplicar pequenas escolas por todo o Estado, como já fizera quando adminstrou o Rio Grande do Sul, objetivando atender â demanda por maior número de matrículas nas regiões de alta densidade demográfica. Entretanto, logo se verificou que a ampliação do número de escolas, por si só, não resolveria a questão da jornada escolar muito reduzida, adotada pela maioria das escolas, como também não resolveria os problemas de ineficácia pedagógica que estavam gerando altos índices de repetência e de evasão escolar.Surgiu então a idéia, que chegou a ser considerada uma das metas do Programa Especial de Educação, de instalar Centros Culturais Comunitários em regiões previamente selecionadas, para receber as crianças durante 5 horas adicionais, antes ou depois das aulas, para dar-lhes uma refeição, estudo dirigido, recreação e atividades culturais, Chegou a ser cogitada, também, a conveniência de construir no Estado do Rio diversas Escolas-Parque semelhantes às que Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro implantaram em Brasília e que promovem uma integração entre os estudos curriculares, atividades recreativas e artísticas. Mas a prática recomendou a superação dessas proposições iniciais, porque os Centros Culturais Comunitários ou as Escolas-Parque acabariam privilegiando as crianças já privilegiadas nas áreas de maior poder aquisitivo. O Governador Leonel Brizola contribuiu decisivamente para solucionar o problema, fazendo notar que, em países como Uruguai ou Japão, o sistema de educação de base oferece às crianças um regime escolar de horário integral. Brizola tomou então a histórica decisão de criar uma escola de dia completo, denominada CIEP - Centro Integrado de Educação Pública, que o povo passaria a chamar carinhosamente de "Brizolão".
Características do CIEP
O CIEP é uma escola que funciona das 8 horas da manhã às 5 horas da tarde, com capacidade para abrigar 1000 alunos. Projetado por Oscar Niemeyer, cada CIEP possui três blocos. No bloco principal, com três andares estão as salas de aula, um centro médico, a cozinha e o refeitório, além das áreas de apoio e recreação. No segundo bloco, fica o ginásio coberto, com sua quadra de vôlei/basquete/futebol de salão, arquibancada e vestiários. Esse ginásio é chamado de Salão Polivalente, porque também é utlizado para apresentações teatrais, shows de música, festas etc. No terceiro bloco, de forma octogonal fica a biblioteca e, sobre ela, as moradias para alunos-residentes.Numa primeira fase, foram construídos 60 CIEPs que já estão em funcionamento. Nesses "Brizolões" pioneiros, as moradias para alunos-residentes não estão sobre a biblioteca, mas no terraço do bloco principal. Até o final de 1986, deverão estar concluídos mais 100 CIEPs, configurando a segunda fase de implantação de um novo padrão de Escola Pública. Dentro do cronograma do Programa Especial de Educação prevê-se, ainda, a construção de outros 140 CIEPs numa terceira fase e de mais 200 na quarta, perfazendo um total de 500 "escolões". Os CIEPs estão e serão localizados, preferencialmente, onde se encontram as populações mais carente do Município do Estado. Cada CIEP oferece os cursos de CA à 4ª série ou então de 5ª à 8ª série, de modo a agrupar em caa unidade as crianças de mesma faixa etária. No conjunto, em todos os CIEPs, estarão matriculados cerca de 500 mil alunos em cursos durnos (das 8 às 17 horas) ou nas vagas complementares para jovens de 14 a 20 anos, no horário noturno (das 18 às 22 horas).Traduzindo a proposta educacional do Governo do Estado, o CIEP é fundamentalmente uma boa escola de 1º Grau, funcionando em regime de dia completo, implantada pela primeira vez no Brasil. Cada CIEP, durante um período de 8 horas diárias (inclusive horário de almoço), ministra aos alunos currículo do 1ª Grau, com aulas e sessões de Estudo Dirigido, além de oferecer atividades como esportes e participação em eventos culturais, numa ação integrada que objetiva elevar o rendimento global de cada aluno. Tendo em vista as necessidades específicas da maioria dos alunos, proveniente dos segmentos sociais de baixa renda, o CIEP fornece assistência médico-odontológica, quatro refeições e banho todos os dias.Também funciona nos CIEPs o projeto inédito Aluno- Residentes, possibilitando que crianças temporariamente desassistidas morem nos "escolões", ocupando os paratamentos especiais projetados por Niemeyer. Essas crianças freqüentam as aulas durante o dia e, à noite, permanecem nos CIEPs em grupos de até 12 meninos ou de 12 meninas, que são cuidados por casais selecionados e treinados para a tarefa de orienta-lo. Os CIEPs exercem adicionalmente a função de autênticos centros culturais e recreativos numa perspectiva de integração efetiva com a comunidade.
A Verdade dos Fatos
Entre as críticas imediatistas feitas aos CIEPs alinha-se a falsa idéia de que os "escolões" somente atenderão a 5% dos alunos do Estado do Rio de Janeiro, o que transformaria sua construção em um luxo excessivo e irracional. Na realidade, o atendimento abrangerá, em março de 1987, cerca de 20% da população estudantil. E de qualquer forma, não se pretende que os CIEPs atendam a todos em curto espaço de tempo, mas sim, a médio e longo prazos, fazer de sua existência um padrão capaz de modificar para melhor toda a rede regular de ensino. Mais de 100 escolas convencionais já estão sendo encaminhadas para se transformarem também em CIEPs, isto é, em escolas de boa qualidade e de horário integral. O objetivo final é que, verificando a viabilidade econômica, política e pedagógica dos CIEPs, os governantes se vejam mobilizados pela própria população a criar as condições materiais e administrativas para transformar todas as Escola Públicas em CIEPs. Por outro lado, também é errônea a afirmação de que os CIEPs constituiriam uma rede paralela à rede pública regular. Uma vez construídos e equipados, eles são entregues à administração das Secretarias de Educação do Estado e do Município, incorporando-se normalmente à rede preexistente. O investimento na construção e manutenção dos CIEPs não é excessivo e equivale ao montante mínimo indispensável para superar décadas de descaso pela educação pública. No passado, havia mais dinheiro para viadutos do que para escolas. A grande mudança introduzida foi estabelecer prioridade absoluta para a questão educacional, de mode a dignificar a Escola Pública para que ela passe a formar mais pessoas letradas do que analfabetos - e não o contrário, que infelizmente é a realidade histórica da educação pública em nosso país. A afirmativa de que os CIEPs estão retirando professores da rede oficial, deixando-a com falta de profissionais, também não é sustentável. Os que saem da rede têm sido substituídos por chamadas sucessivas de professores recém-aprovados no maior concurso público já realizado no Rio de Janeiro. Desde a posse do Governador Brizola, já foram contratados 15.000 novos professores para a rede municipal de ensino público. Na rede estadual, foram incorporados 18.174 novos professores. No âmbito do Programa Especial de Educação, os CIEPs refletem uma saudável ambição, tanto no plano da construção civil como no da renovação pedagógica, configurando um esforço pioneiro e transformador. A meta é conseguir ajustar a Escola Pública à sua clientela maciça, que é o alunado popular. E, no desenvolvimento desse processo, despertar a atenção dos educadores para o fato de que são eles os responsáveis pela concretização dessa proposta, e pelos esforços inerentes de análise e aprimoramento.
Francisco Caula

A Intolerância Religiosa

É lamentável o comportamento de certas pessoas no que diz respeito á aceitação religiosa. A manutenção de dogmas, o preconceito, a iguinorância religiosa, isso sem contar com as imposições sistemáticas em nome de Deus... tudo isso, feri a lei de liberdade religiosa. Afinal de contas o Brasil é um país laico. Diante de tudo isso, fica aquela famosa frase biblíca que diz: "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Só que o comportamento que certas pessoas fazem questão de demonstrar é que elas ainda estão presas a algo que elas mesmas desconhecem. É o caso dessa pedagoga da FAETEC que recliminou a criança de 12 que se apresentou com vestimentas do candomblé, chamando-o de filho do capeta. Segundo os ensinamentos biblícos, o próprio Jesus Cristo diz que a criança com essa idade ainda faz parte do reino dos ceus. Ela também não prestou atenção que não se deve julgar para não ser julgado. Ao analizar este e os fatos fica claro que é importantíssimo que se tenha aula de Estudos das Religiões em todas as Escolas e todas as series do ensino fundamental e médio. Porque o que tem de gente confundindo igrejas com religiões não está no gibi.
Toninho Bastos

Comissão de Combate à Intolerância Religiosa Fará Denúncia na OAB-RJ

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa divulgou nota hoje (domingo 25) sobre o caso de Felipe Gonçalves Pereira, de 13 anos, publicado neste domingo no jornal Extra e informou que irá fazer a denúncia ao presidente da Seccional da OAB no Rio de Janeiro, Wadih Damous. Segundo a reportagem, o jovem teria sido discriminado por uma professora da Faetec, instituição onde estuda, por ser iniciado no candomblé. Felipe teria sido impedido de assistir à aula depois de ser chamado de "filho do capeta" pela professora. O incidente teria acontecido depois de ele ter mostrado aos amigos as contas de candomblé que usava por baixo do uniforme escolar. Na nota, a assessoria de imprensa da comissão afirma que a sua coordenadoria jurídica encaminhou petição à 28a. DP, em Campinho, para que o jovem, a mãe dele e a professora sejam ouvidos imediatamente, já que o inquérito aberto há sete meses não teve sequer uma verificação preliminar.
Francisco Caula

As Mudanças em Caxias

As mudanças que estão ocorrendo em Duque de Caxias estão dividindo opiniões. Resta saber em que quadro as opiniões superam. Como estão sendo as opiniões com relação as mudanças da feira do centro da cidade, a reorganização do mercado do povo. A estátua do patrono do exército e da cidade. Não sabemos onde ela está localizada. A questão da cultura em Duque de Caxias. O que você pensa de tudo isso? participe, de sua opinião, a sua participação é muito importante para nós.
Toninho Bastos

Pedofilia e Seus Absurdos

Quando assisto á um noticiário de rádio ou tv falando sobre pedofilia, fico sem entender... pior ainda, quando além da pedofilia, o caso vém acompanhado de um crime. Quando penso que o assunto chegou ao ápice do absurdo; o noticiário anuncia a interferência de um Arcebispo, que em nome de uma Instituição Religiosa excumunga uma criança de 9 anos que foi criminosamente adulterada, e nem se que, fala do estrupador. isso porque com o auxilio da lei e de sua família ela pode abortar. E para piorar ele ainda tem coragem de dizer que o crime que a criança de 9 anos cometeu, é pior que o estrupo que ela sofreu. Diante desta situação eu me pergunto: quanto será que está faltando para atingismos o augi do absurdo animalesco que nos cerca? Acho que não falta muito; se estiver, os bispos e arcebispos acompanhado de alguns políticos de rabo preso farão com que encurte. PRECISA FALAR MAIS ALGUMA COISA?
TONINHO BASTOS

sábado, 22 de novembro de 2008

ALEIÇÕES NORTE-AMERICANA 2008 (A MUDANÇA DA FILOSOFIA)

A vitória do democrata Barak Obama á presidencia dos Estados Unidos para muitos negros é vista como a conquista de uma raça. Ao olhar para um negro no cargo mais alto de um país ou do muito, cada negro se ver refletido neste cargo, seja nos Estados Unidos, seja em qualquer parte deste planeta. Mais uma vez a esperança venceu o medo! Agora a coisa vai mudar (pensa cada um) - chegou a nossa vez!... São tantos pensamentos: alegria, esperança, justiça e idealizações. Tudo se confunde em meio á conquista.
... Mais que uma conquista é uma consolidação! Pois não podemos de maneira nenhuma iguinorá os feitos dos antepassados. Isso sem contar até as últimas que antecederam tão vitória, como exemplos temos: Jesse Owens, Pelé, José do Patrocinio e Nilo Pessanha, o primeiro negro a entrar na marinha norte-americana Carl Brashere, Martin Luther King, Malcon X, Steve Biko e Nelson Mandela o primeiro presidente negro a derrubar o apartheid na África do Sul e muitos outros, isso sem contar com as primeiras mulheres negras a derrubarem barreiras, não só nos Estados Unidos como também em qualquer outra parte onde o preconceito imperava. Mulheres como: Anastácia, clementina de Jésus, Benedita da Silva até chegar em Condolissa Rais e no mundo dos esportes, o primeiro clube a admitir negros foi o Vasco da Gama que por causa dessa ação chegou a ser excluido da divisão de elite do futebol carioca.
Olhando para atrás quem imaginaria que um dia um analfabeto iria oculpar o cargo mais de um país ou que uma mulher iria ser presidenta num país muçulmano ou até mesmo que numa das maiores potências do mundo (Alemanha) uma mulher seria n 1. E para suspresa maior, a maior potência ja teve um presidente com deficiencia física. Com muito orgulho tenho o pazer de lembrar que o Brasil já teve um presidente negro.
Diante de tudo isso a filosofia sofre uma das mais seguinificativa mudança. O que enriquece os conceitos. É a justica sendo feita.
Que Deus nos abençoi!
TONINHO BASTOS

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A PROBLEMÁTICA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

O grande problema da educação, é que caso algum mandatário tente fazer investimentos, o retorno só acontece em longo prazo e eles precisam de resultados nas próximas eleições, então negligenciam a educação para investirem em obras que darão visibilidade imediata, ou quando fazem um projeto para a educação, é algo mirabolante, que enche os olhos, mas não dá resultado. O programa do livro didático pro ensino médio é um exemplo disto, se o presidente tivesse gasto todo o dinheiro que gastou neste projeto em pavimentação de estradas, talvez tivesse ganhado a eleição mais facilmente, e pior quem vai colher os frutos, caso o programa seja bem sucedido será o seu sucessor. Menos de 10% dos professores das zonas rurais, que atuam nas séries iniciais do Ensino Fundamental, têm formação superior, contra 38% da área urbana. Os piores índices estão nas zonas Norte e Nordeste do Brasil. Outra situação que requer definição da política pública é a remuneração do salário dos professores. Os dados do IBGE, citados pelo estudo, dizem que, considerando profissões com nível de formação equivalente, o magistério é aquela que oferece os piores salários. Um professor que atua no nível médio ganha, em média, quase a metade da remuneração de um policial civil e um quarto do que ganha um delegado de polícia. Faltam bibliotecas, laboratórios de ciência e de informática em grande parte das escolas da rede pública da educação básica. Metade dos professores leciona em escolas sem bibliotecas, quatro em cada cinco atuam em escolas sem laboratório de ciências, e três em cada quatro professores estão em escolas que não possuem laboratório de informática. A ausência de recursos didáticos é diferente entre as regiões, e isso dificulta o aprendizado, e ai acontece a decadência da escolaridade, e vem daí o que dizem que escola pública não presta. Os problemas na educação brasileira, também vêm da política feita, pois a professores que nem se quer, tem curso ou base, para dar aulas, e poucos na maioria estão dando aulas sem si quer ter um curso superior para dar uma aula boa. Outro problema vem também da carga horária dos professores, pois o professor ganha um salário pequeno, tem que fazer mais turnos para ter um salário para alimentar sua família assim tendo que fazer mais turnos, seus alunos aumentos, corrigir trabalhos para um professor que tem mais de um turno é um saco, assim tendo menos tempo para criar, projetar, aulas melhores e dinâmicas, os professores na maior vez, da aquela aula chata, de dar sono, assim o rendimento da sua aula é pequena. Também em algumas das vezes o problema não vem somente dos recursos e dos professores, também vem do interesse dos alunos em aprender. Não adianta quase nada um aluno vir para escola não prestar atenção nas aulas e ainda incomodar, ou levar para um mau caminho, seu colega. Situações como estão resta poucas providencias a serem tomada pelos professores. A partir das informações dadas aqui, relata, o que dizem ser os problemas na educação do Brasil.
Francisco Caula